quarta-feira, 24 de abril de 2013

Penaverde


Pelourinho
     Este velho padrão concelhio de Penaverde assenta em três degraus, de forma circular os dois primeiros, octogonal o de cima, dos quais emerge o fuste monolítico, quadrado na base até à altura de meio metro aproximadamente e depois octogonal. No cimo deste, assenta a “pinha” autêntica pirâmide também octogonal, com um friso em baixo relevo a dois centímetros da base. Não termina em vértice ponteagudo mas arredondado, deixando perceber pela irregularidade do corte que alguma parte lhe foi amputada. Terá sido talvez uma esfera armilar, o que podemos concluir pela semelhança com o do Casal do monte, o qual, de estilo igual a este, embora menos elegante, a conserva ainda no topo. Não duvidamos por isso atribuí-lo ao tempo de D. Manuel.     A meio do fuste encontra-se um arco de lâmina de ferro que servia para segurar os editais vindos de Aguiar da beira e serviu outrora para fixar a convocação dos munícipes às sessões da “Câmara” e as razoes da punição dos criminosos expostos. Após o glorioso 25, cortaram-no certos candidatos a mandões. Ignorância atrevida! A chamada ao povo para ouvir as ordens reais era feita pela sineta pendente numa ventana que rematava a frontaria da “Casa do Paço”.     Numa das faces da pirâmide voltada a norte, encontrava-se uma cavidade, onde certamente esteve uma pedra de armas – talvez o escudo português, como acontece ainda em Infias e Figueiró; de forma que o nosso pelourinho, no seu conjunto parece um tortulho ainda fechado.     In, Penaverde-Sua Vila e Termo, Pe. Luís Ferreira de Lemos

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